CANTINHO MÁGICO

quarta-feira, 24 de outubro de 2007


Sintam a admiração de Carlos Drumond de Andrade pela Obra de Cora Coralina

"Minha querida amiga Cora Coralina: Seu "Vintém de Cobre" é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia ( ...)."

( Carlos Drummond de [Rio de Janeiro, 7 out. 1983]. Carta de Drummond. In: Coralina, Cora. Vintém de cobre : meias confissões de Aninha. 4. ed. p. 23)

CECÍLIA MEIRELES


APRENDI COM AS PRIMAVERAS A ME DEIXAR CORTAR
PARA PODER VOLTAR INTEIRA.

AGORA

"AGORA"

Diz-se que os jovens desperdiçam a juventude. As pessoas que afirmam isto estão aceitando o mito de que só os jovens podem aproveitar a vida plenamente. A verdade é que as pessoas mais velhas não consideram que a juventude tenha sido a melhor época de suas vidas. A maioria aprecia mais a maturidade do que qualquer outra fase da vida.
Um grupo de colegas de universidade, que se encontram todos os anos, está reunido quarenta anos depois da formatura. Em determinado momento, uma delas resolve perguntar às outras quais foram os mitos que mais atrapalharam suas vidas.
Algumas dizem que foi o mito do casamento perfeito, como nos filmes e contos que terminavam com "...e foram felizes para sempre". Outras insistem que o mito da maternidade como uma experiência maravilhosa as fez sofrer quando se depararam com cólicas do bebê no fim da tarde e a sensação de que nunca mais teriam uma noite bem dormida. Mas todas são unânimes em afirmar que o mito da juventude como uma fase privilegiada gerou perplexidade e frustração. Falam de todas as inseguranças e dúvidas, do tempo que levaram para tomar posse de si mesmas e deixar de responder às expectativas externas. Lembram dos chás-de-cadeira nas festas em que nenhum rapaz as tirava para dançar, a agonia do telefone que não tocava, da incerteza ante o futuro.
E se dão conta, extremamente satisfeitas, dos ganhos da maturidade. Há algumas rugas, os cabelos embranqueceram, o corpo não tem os mesmos contornos da juventude e alguns limites começaram a se manifestar. Mas são pequenas perdas compensadas por extraordinários ganhos.
Aprenderam a administrar as crises do casamento e construíram uma cumplicidade que garantiu uma feliz convivência. Os filhos estão criados, e descobriram a maravilha que são os netos. Constataram que ninguém "é feliz para sempre", mas que a vida é cheia de pequenas e grandes alegrias. Momentos de sofrimento são inevitáveis, mas aprenderam e sabem que a capacidade de superação do ser humano é extraordinária.
Sentem-se mais livres, mais capazes de fazer suas próprias escolhas e de usufruir o que está a seu alcance. Nenhuma delas lamenta a juventude perdida, e algumas chegam a afirmar: "Eu não queria voltar de maneira nenhuma aos meus dezoito anos!"
Pesquisadores realizaram um estudo de longo prazo com habitantes de uma cidade grande, entrevistando-os diversas vezes ao longo de três décadas. Quando lhes perguntavam qual a época mais feliz de suas vidas, respondiam sem pestanejar: "AGORA!" <<<<<<

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